II Seminário da Baixada Santista Medicalização da Educação e da Sociedade:
Fabricando Doenças e Aprisionando Vidas
 
 





Data: 23 de outubro de 2012
Local: SESC SANTOS

Convidadas:
Carolina Correia da Costa - Graduada em Pedagogia pela UNIMES. Professora da Rede Municipal de Santos e São Vicente desde 1998. Atualmente está como Orientadora Educacional na área continental de Santos e Professora do EJA.

Gabriela Gramkow - Doutora e Mestre em Psicologia Social pela PUC/SP. Atua na área de Psicologia Social, Jurídica e Clínica, principalmente nos seguintes temas: Saúde Mental e Justiça, Adolescência e Violência. Conselheira CRP SP (gestão 2010-2013).

Maria Elvira Falcão Paiva Magalhães - Graduada em Psicologia pela UNISANTOS. Possui especialização em Psicossomática Psicanalítica. Atualmente está como Orientadora Educacional do Colégio Universitas. Psicóloga há 21 anos do Ambulatório de Saúde Mental Infantil de Santos e em consultório particular.

Mariana A. Nasser - Médica Sanitarista, mestranda em Medicina Preventiva pela USP, Coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente do Centro Escola Samuel B. Pessoa da FMUSP.

Coordenação:
Marilene Proença R. de Souza - Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia da Educação pela USP, Professora do curso de Pós Graduação em Psicologia Escolar do Instituto de Psicologia da USP, membro do CFP.
 
 
Apresentação do Evento:
O aumento significativo do uso de medicamentos em crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem e/ou com "problemas de comportamento", especialmente o Metilfenidato, tem preocupado vários segmentos da sociedade que lutam por uma educação de qualidade e pela garantia dos seus direitos. O Brasil é o primeiro maior consumidor de antidepressivos e o segundo maior consumidor do medicamento metilfenidato, conhecido como Ritalina. Em Santos, por exemplo, de 2008 para 2010 ocorreu um aumento de mais de 150% na distribuição desse medicamento pela Prefeitura aos serviços de saúde.

Diante desses fatos, há que se questionar o processo de adoecimento massivo da sociedade, onde crianças e jovens estão sendo diagnosticados como portadores de distúrbios do comportamento ou da aprendizagem, a partir de um referencial exclusivamente biológico. Quais as consequências para o seu desenvolvimento, quando não avaliamos e não intervimos no contexto no qual estão inseridos? Como as famílias, os educadores, os profissionais da saúde e os demais atores sociais têm respondido a essa realidade, na qual crianças e jovens que são tidos como "problema", são encaminhados para o médico ou para a justiça resolver?

É com o objetivo de contribuir com o debate que o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, Subsede Baixada Santista e Vale do Ribeira, em parceria com o Núcleo Baixada Santista do Fórum sobre Medicalização da Educação, com a UNIFESP e com a UNISANTOS, apresenta o II Seminário da Baixada Santista sobre Medicalização da Educação e da Sociedade: fabricando doenças e aprisionando vidas.

Apoio:
SESC SANTOS
Vereador Reinaldo Martins
Colégio Universitas
Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade